
Prepare-se para mais uma dose de distopia legislativa à brasileira. A Comissão de Comunicação da Câmara acaba de aprovar o Projeto de Lei 1380/25, que obriga o uso de reconhecimento facial para acessar redes sociais. Isso mesmo: para postar um meme, curtir uma foto ou reclamar do governo, você terá que mostrar a cara — literalmente.
🧱 O argumento oficial
Segundo o autor, deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), a medida visa combater perfis falsos, difamação, bullying e golpes online. O relator Alex Manente (Cidadania-SP) alterou o texto para que a verificação seja feita pelos sistemas operacionais (Android, iOS), e não pelas redes sociais, evitando a criação de bancos de dados biométricos fragmentados (Fonte: Portal da Câmara).
🔍 Mas vamos ao que interessa: quem ganha com isso?
- Big Techs e governos: mais controle, mais dados, mais poder.
- Cidadãos comuns: menos privacidade, mais burocracia, mais exclusão.
- Hackers e golpistas: um novo mercado de biometria para explorar.
🧨 O problema não é só técnico — é ético
- Privacidade? Vai pelo ralo. O Estado quer seu rosto, seu documento e seu comportamento online.
- Inclusão digital? Ignorada. Milhões de brasileiros sem smartphones modernos ou documentos atualizados podem ser excluídos.
- Segurança? Questionável. Biometria não é infalível e pode ser burlada, clonada ou vazada.
⏳ E se você não quiser?
Simples: sua conta será bloqueada após um ano da entrada em vigor da lei. Ou seja, o Estado está dizendo: “Sem rosto, sem voz.”









