
Prepare-se para mais um capítulo da tragicomédia institucional brasileira. A cena? Uma ONG presidida por ninguém menos que Flávia Fróes — advogada de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho — será recebida em audiência pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O motivo? Discutir os “excessos” da megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos. Sim, você leu certo.
🎭 O teatro da moral seletiva
Enquanto o país sangra com a escalada da violência urbana, o STF abre as portas para ouvir uma ONG que, por mais que se pinte de defensora dos direitos humanos, carrega no currículo uma ligação direta com o alto escalão do narcotráfico. Flávia Fróes, que jura de pés juntos não atuar mais com réus do tráfico, ainda representa Marcinho VP em processos. Mas claro, isso é só um detalhe técnico, não é?
📉 A inversão de valores
O dossiê que será apresentado ao ministro fala em tortura e abusos por parte da polícia. E pode até haver verdade nisso — o Estado brasileiro tem um histórico lamentável de violência institucional. Mas o timing e os protagonistas dessa denúncia são, no mínimo, suspeitos. Quando uma advogada que já pediu apoio político a um chefão do tráfico vira porta-voz da moralidade, algo está profundamente errado.
🧩 A pergunta que não quer calar
O que exatamente Moraes espera extrair dessa reunião? Um novo pacto social entre o Judiciário e o crime organizado? Uma aula de direitos humanos ministrada por quem já foi investigada por suposto financiamento de campanha com dinheiro da facção?
🚨 O recado que fica
Essa audiência não é apenas um escárnio — é um recado claro: no Brasil, basta vestir a fantasia de ONG e falar em “direitos humanos” para ser levado a sério, mesmo que sua ficha corrida grite o contrário. Enquanto isso, as famílias das vítimas da violência — seja ela estatal ou do tráfico — seguem sem voz, sem justiça e sem esperança.










