
Amor, Ordem e Progresso… e o resto que se vire.
No Brasil, onde problemas como fome, desigualdade, violência e corrupção estão sempre batendo à porta, eis que surge uma prioridade nacional: mudar o lema da bandeira. Sim, caro leitor, porque nada diz “solução para os problemas do país” como adicionar uma palavrinha mágica no pano verde e amarelo.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) resolveu que o Brasil precisa de mais “Amor” na bandeira. Afinal, se está escrito, deve funcionar, não é? Quem precisa de políticas públicas, investimentos em saúde ou educação quando se pode resolver tudo com tipografia patriótica?
Imagine só: o cidadão sem emprego, olhando para a bandeira e pensando — “ufa, agora sim, com ‘Amor’ estampado, minha vida vai melhorar”. É quase um passe de mágica, digno de Harry Potter versão Congresso Nacional.
Enquanto hospitais lotam, escolas caem aos pedaços e estradas parecem pistas de rally, o Parlamento discute se a bandeira deve ser mais romântica. É como trocar a capa de um livro esperando que a história mude. Spoiler: não muda.
- Inflação? Coloca “Amor” na bandeira.
- Desemprego? “Amor” resolve.
- Violência urbana? Mais “Amor” no mastro da praça.
- Desigualdade social? Ah, mas olha que lindo o novo bordado!
Se fosse tão simples, bastava escrever “Amor, Ordem, Progresso e Pix sem taxa” e pronto, o Brasil virava a Suíça.
O projeto é simpático, até poético, mas soa como um desvio de foco monumental. O país precisa de políticas sérias, não de slogans reformulados. A bandeira pode até ganhar “Amor”, mas o povo continua precisando de respeito, saúde, educação e dignidade.











