
Homens armados levam mais de 300 alunos e professores em novo episódio de violência; papa Leão XIV se manifesta
O mais recente sequestro em massa reacendeu o alerta sobre a insegurança nas escolas da Nigéria. Homens armados invadiram a Escola St. Mary, no estado de Níger. Assim, levaram 303 alunos e 12 professores. O ataque ocorreu nesta sexta-feira, 21. O caso ampliou a lista de ações violentas que atingem comunidades cristãs no centro-norte do país. O episódio também voltou a atrair principalmente a atenção internacional, especialmente dos Estados Unidos.
Parte dos estudantes conseguiu fugir durante a ação. Contudo, um censo final sob condução da Associação Cristã da Nigéria confirmou o aumento do número de vítimas. O reverendo Bulus Dauwa Yohanna, presidente da entidade no Estado, visitou a escola e conversou com famílias que aguardam informações sobre os desaparecidos.
Sequestro expõe vulnerabilidade das escolas
Yohanna informou sobretudo que outros 88 alunos foram capturados ao tentar escapar pelos arredores da escola. As vítimas incluem meninos e meninas de 10 a 18 anos, segundo relatos do porta-voz Daniel Atori. O ataque agravou o temor entre famílias, que convivem com risco permanente de violência armada na região.
Como resposta imediata, autoridades locais determinaram o fechamento temporário de escolas federais e estaduais no norte do país. A medida tenta evitar novos episódios enquanto forças de segurança ampliam operações na região. O sequestro em Níger ocorreu dias depois de homens armados atacarem uma igreja no estado de Kwara, matando duas pessoas e levando fiéis como reféns. O papa Leão XIV manifestou “dor profunda”.
Outros ataques recentes reforçam a dimensão da crise. No estado de Kebbi, invasores sequestraram 25 estudantes em um internato feminino e mataram a vice-diretora da instituição. Famílias relatam sensação de abandono e desconfiança nas autoridades. A criadora de conteúdo Eze Gloria Chidinma afirmou que o trauma se repete desde que parentes foram levados em um sequestro anterior.
O governo de Níger condenou o ataque e a polícia intensificou buscas. As forças de segurança afirmam que “varrem as florestas” próximas à fronteira com Abuja para localizar os estudantes e professores levados pelos criminosos.
Fonte: Revista Oeste











